As Velhas Guardas das escolas de samba agora são patrimônio cultural imaterial do Estado do Rio de Janeiro. A lei foi sancionada pelo governador Cláudio Castro e publicada no Diário Oficial nesta terça-feira (2), mesma data em que se comemora o Dia Nacional do Samba. O reconhecimento oficializa algo que o mundo do carnaval já sabia há muito tempo: a importância dos componentes mais antigos como guardiões da memória e do estilo de cada agremiação.
De autoria do deputado Dionísio Lins (Progressistas), a lei presta homenagem direta às personalidades e aos integrantes experientes das escolas, que seguem à frente na preservação da cultura do samba. Na justificativa, o parlamentar destacou o peso simbólico dessas alas para o carnaval carioca.
“As Velhas Guardas são relíquias do samba e trazem em cada uma delas a manutenção da música. Importante considerar ainda como patrimônio, uma vez que cada uma destas escolas traz em si história, festejos e participação popular”, afirmou Dionísio Lins.
Nas escolas de samba, as Velhas Guardas são vistas como memória viva. São sambistas que carregam décadas de vivência, referências estéticas e códigos próprios de comportamento na avenida. Esses integrantes mais antigos preservam a história, os costumes e o jeito de desfilar de cada escola. São exemplo de postura, elegância e ancestralidade para as novas gerações.
Nos desfiles do Grupo Especial, a presença da ala de Velha Guarda é obrigatória e regulamentada pela Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro). A ala não entra na disputa em termos de pontuação, mas segue entre as partes mais simbólicas do desfile.
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