Alerj deve votar sobre a manutenção da prisão de Bacellar na próxima segunda
Written by LiveFM Rádio on 5 de dezembro de 2025
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) vai se reunir nesta sexta-feira (5), provavelmente à tarde, para deliberar sobre um projeto de resolução a respeito da manutenção ou não da prisão do deputado e presidente da Casa Rodrigo Bacellar (União Brasil), assim como o seu afastamento do cargo. A convocação extraordinária, assinada nesta quinta (4) pelo presidente em exercício Guilherme Delaroli (PL).
O relatório deverá ser levado ao Plenário da Alerj na segunda-feira (8), quando todos os 70 deputados poderão votar a favor ou contra a continuidade da prisão de Bacellar. Por ora, ele segue detido em uma cela de apenas 2 m² na delegacia de flagrantes da Polícia Federal, na zona portuária do Rio.
De acordo com as investigações, Bacellar é suspeito de ter vazado informações de uma operação que mirava uma quadrilha especializada em tráfico internacional de armas e drogas, corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro. Entre os alvos estavam Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, preso em setembro; um delegado da Polícia Federal; policiais militares; um ex-secretário municipal e estadual; e uma liderança do Comando Vermelho (CV) no Complexo do Alemão, na Zona Norte.
“Os fatos narrados pela Polícia Federal são gravíssimos, indicando que Rodrigo Bacellar estaria atuando ativamente pela obstrução de investigações envolvendo facção criminosa e ações contra o crime organizado, inclusive com influência no Poder Executivo estadual, capazes de interferência indevida nas investigações da organização criminosa”, escreveu Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), na decisão que determinou a prisão do presidente da Alerj.
No interior do carro em que Bacellar se apresentou à PF nesta quarta-feira (3), para cumprimento de mandando de prisão preventiva, agentes encontraram três celulares e R$ 90,8 mil em espécie. Interrogado sobre a quantia, o deputado optou por se manter em silêncio.
Em nota, a defesa de Bacellar negou que o parlamentar tenha atuado para obstruir investigações envolvendo facções criminosas. Refutou também as acusações de que vazou informações a potenciais alvos de operações, o que é usado para justificar a decretação de sua prisão preventiva.
Fonte: O DIA
Imagem: Reprodução/Metrópoles